Uma mulher viúva, cujos filhos vivem longe, confronta-se com os efeitos devastadores da solidão.
A sua mente e a casa formam um todo que se degrada e cujas partes se afetam mutuamente. O edifício que ameaça ruína é, ao mesmo tempo, o lugar objetivo que ela habita e o lugar subjetivo da sua memória.
O apelo aos filhos, feito através do telefone, assume a fórmula neurótica da chantagem não assumida cuja finalidade consiste apenas em criar mal-estar no interlocutor. No decorrer do monólogo, o passado vai irrompendo como única fonte de consolação e impõe-se sobre a realidade.
A mulher fala com os filhos como se eles estivessem presentes e fossem ainda crianças. Perdendo as coordenadas do tempo, mas não as do lugar que conteve inteiramente a sua vida, avança num processo de loucura que só terminará na sua morte.
Ficha Técnica e Artística:
Texto: Jaime Rocha Encenação e Desenho de Luz: Paulo Campos dos Reis Interpretação: Rute Lizardo Dramaturgia: Jaime Rocha e Paulo Campos dos Reis Cenografia e Figurinos: Artur de Campos Sonoplastia: Nuno Cintrão Fotografia: Pedro Francisco Design Gráfico: Pedro Velho Produção Executiva: Pedro Carranquinha Secretariado: Carina Soares Contabilidade: Fisconthabilidade Direcção de Produção e Direcção de Cena: Ricardo Soares Produção: Musgo Produção Cultural
Com a colaboração da Associação Casa Jaime Rocha
Classificação etária: > 12 anos
Duração aproximada: 60 minutos s/ intervalo
Bilhetes à venda na Ticketline