Um bailado inter-artístico concebido para cinco bailarinos (Carlota Rodrigues_Margarida Trigueiros_Valentina Codinha_Joshua Feist_Pedro António Carvalho) e dois pianistas (Duarte Pereira Martins_Philippe Marques), que propõe um modelo performativo híbrido onde se dissipa a fronteira entre bailado e concerto.
Um diálogo vivo entre música e dança, que tem como ponto de origem os três cadernos que compõem a obra Melodias Rústicas Portuguesas do notável compositor Fernando Lopes-Graça (1906-1994), e que convoca a imagética intensa e perturbadora da paradigmática artista visual Helena Almeida (1934-2018).
A intemporalidade torna-se, assim, o ambiente desejado para uma performance multifacetada e dialogantemente contemporânea.
Ficha técnica e artística: Direção Artística - Solange Melo_Fernando Duarte | Coreografia - Fernando Duarte | Música - Fernando Lopes-Graça - Melodias Rústicas Portuguesas Música Tradicional Portuguesa, recolha de Fernando Lopes-Graça e Michel Giacometti | Figurinos - José António Tenente | Desenho de Luz - VP | Apoio aos ensaios - Fátima Brito | Assistente de produção | Margarida Garcez
Interpretação: Bailarinos - Carlota Rodrigues_Margarida Trigueiros_Valentina Codinha_Joshua Feist_Pedro António Carvalho | Ao piano - Duarte Pereira Martins_Philippe Marques | Produção - Dança em Diálogos | Co - produção - Cine-Teatro Avenida/Município de Castelo Branco | Apoio à criação - Direção-Geral das Artes - República Portuguesa/Cultura
Apoio | Biblioteca Nacional de Portugal e MPMP
Apoio à criação através de residências artísticas | Centro de Dança de Oeiras - LX Dance - Estúdios Vítor Cordon/OPART E.P.E.
Apoio à circulação | CML/Polo Cultural das Gaivotas
Parcerias | Arte Institute
Não Canteis a Valsa - Nota introdutória à composição original de Fernando Lopes-Graça:
Com os três cadernos de Melodias Rústicas Portuguesas, Fernando Lopes-Graça apresenta-nos uma pequena enciclopédia sobre a música popular recolhida na sua prolífica colaboração com o musicólogo francês Michel Giacometti.
Embora não seja de todo a única obra em que o compositor utiliza o folclore e os cantos tradicionais portugueses como inspiração melódica e harmónica, este conjunto de 38 pequenas peças é representativo da grande riqueza do património musical português, do Minho ao Algarve, não esquecendo as ilhas.
Escritos entre 1957 e 1979, num período em que a sua escrita atingira já uma maturidade explícita na consistência com que trabalhava os materiais musicais – e que, em muitos casos, é hoje facilmente reconhecida sempre que ouvimos certos mo(vi)mentos que reconhecemos quase automaticamente –, este grupo ímpar na História da Música em Portugal alia o poético ao bucólico, o sentimental ao percussivo e uma visão pessoal do autor à música de uma comunidade.
(Duarte Pereira Martins)
Bilhetes à venda na Ticketline